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quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Capitulo 4-Risco de vida

Aquela coisa era tão rápida que num só movimento joga Thales contra a parede que cai desacordado.Guilherme descarrega um pente de sua Mp5 naquela coisa gosmenta, o que parece não surtir efeito, ela solta um grito e avança ainda mais nervosa na nossa direção.
- Essa ai não é a diretora????, - diz Lucas espantado.
Aquela criatura estava com roupas todas rasgadas mas ainda dava pra ver que era o uniforme da escola.O nome da diretora era Silmara, uma senhora rígida e autoritária, que era odiada por vários alunos, mas que acredito que colocou a escola no rumo certo, uma escola que agora só servia de depósito de corpos.Se fosse possível ser a diretora, como ela sofreu uma mutação diferente das outras? Não era o momento certo pra se pensar nisso, visto que ela chegava cada vez mais perto, e que Thales estava indefeso a medida que mais daqueles zumbis entravam na escola.
- Chuck , contenha-os, não deixe eles morderem o Thales, - eu grito.
Sacando duas facas que ele achou no porão da delegacia ele parte pra cima dos zumbis, a lentidão dos cadáveres contribuiu para que Chuck fizesse uma chacina e artéria por artéria ele foi derrubando aquelas coisas mortas de fome.O sangue espirrando em sua face, ele gritava com toda a força de seus pulmões, e ao final para na frente de Thales, protegendo ele com suas pistolas. A criatura se alerta pela ação inesperada de Chuck e avança contra ele.Thales recobra sua consciência e num movimento saca seu rifle e dispara, certeiro entre os olhos da besta que vai ao chão aos pés de Chuck.
- Parece que ela queria defender os zumbis, - diz Guilherme – de alguma forma ela deve ser a mãe deles.
- Para de falar besteira, Chuck só representou um perigo maior e ela quis mata-lo, - diz Carol.
Mal terminamos de falar e a coisa se levanta novamente. De uma sala da escola surge um aluno que vem gritando com uma cadeira em mãos.Ele quebra a cadeira das costas da besta, que enfurecida arranca sua cabeça e a despedaça em suas mãos gigantescas, jogando seu corpo contra um pilar de pedra logo a frente.
- Esse ai era o Euclides?, - eu digo – pobre rapaz, não devia ter feito isso.Eu não havia entendido como ele conseguiu sobreviver a tudo aquilo, mas ele fez uma decisão errada, o que levou a sua morte.
Mesmo usando todo o armamento que tínhamos, parecia não ser suficiente pra conter a monstro que estava enfurecido e quebrando tudo pela frente, ele finalmente chega perto o bastante, num rápido movimento Eu empurro um barril que era usado como lixeira. Ela tropeça e a gente corre pro outro lado da escola.
- A gente não vai conseguir atrazar ela pra sempre, - grita Eloísa – ela esta vindo denovo.
- Mas é claro, como não pensei nisso antes, - eu digo – quando Thales atirou em sua cabeça parece que a machucou, todos mirem na cabeça e atirem, vamos acabar com isso logo.
Dando algumas pistolas que estavam em minha mochila para as meninas, a gente começou a disparar, cada tiro a deixava mais lenta e furiosa.
A todo momento eu pensava que poderia ter escapado em segurança da escola.Sinto essa coisa pulsando em minhas veias e queimando em meu corpo, tenho medo de contar a eles o que aconteceu, já não sei o porque de não ter virado uma daquelas coisas ainda.Antes de entrar na sala dos professores,aquele desgraçado mordeu meu braço.
Cada um de meus amigos me faz continuar vivo, lutar por pessoas que se importam comigo e que nunca me abandonariam, desde que isso aconteceu tenho pensado em minha família, o que terá acontecido com eles?. Tudo o que eu mais quero agora é voltar pra casa.
- Douglas, Douglas, - ouço uma voz – Você desmaiou, o que aconteceu??
Era Lucas me reanimando, devido ao vírus eu estava me sentindo estranho, meus sentidos estavam se aguçando, por que eu não me tornei um deles?.
- Acho que estou a muito tempo sem comer, - eu digo disfarçando – Cadê a criatura?
- Ela se escondeu na cantina, - diz Chuck – ninguém tem coragem de ir até la.
Eu me levanto e contando os passos vou até a porta da cantina, meus dedos escorregando no gatilho de minha arma, o suor escorrendo no rosto, eu atiro contra a porta.Tarde demais ela avança pra cima de mim, eu salto por cima de uma mesa e me agarro a suas costas.Minha arma caiu no chão, e eu mal estava conseguindo me segurar nas costas daquela coisa que não parava de pular.
- Ei você, segura isto, - diz uma voz não muito estranha – jogue nos olhos dela, agora.
O que eu recebi parecia ser uma mistura de um liquido mal cheiroso e negro contido em uma garrafa em spray. Quando disparo o jato em seus olhos, o bicho me arranca de suas costas e me joga contra a prateleira de doces. Ela começa a urrar de dor e a bater sua cabeça contra a parede.
O nosso herói desconhecido surge das sombras e num movimento com uma espécie de espada, parecendo ser uma katana, decepa uma das pernas no monstro que vai ao chão, ao mesmo tempo que sua cabeça explode e aquele liquido negro se espalha por todo o lugar.Era o fim da criatura e finalmente paramos pra descansar.
- Luiz, de onde você surgiu?, - eu digo – você salvou nossas vidas, como conseguiu sobreviver?
- Enquanto todos se preocupavam em correr e gritar eu pulei o muro da escola e fui parar numa casa, achei a espada grudada na parede, - diz Luiz – esse spray uma amiga que esta escondida la na padaria sã e salva fez pra mim, ela descobriu um ponto fraco deles.
Eu havia conhecido Luiz esse ano, um garoto que usava um topete parecido com o de Guilherme, era bem magro, seus olhos possuíam uma mutação interessante, um na cor verde, e outro na cor castanho, ele sempre nos fazia rir com suas brincadeiras e adora jogava jogos como a gente, ele parecia estar achando que tudo isso é um sonho.E quem sabe não é mesmo.
Olhando em volta do corpo no chão eu pude ver que se tratava mesmo da diretora.Ela não se transformou em um zumbi normal, aquela coisa tinha uns 3 metros de altura, nas costa grandes espinhos e da boca cheia de dentes pontiagudos saia uma língua imensa.A gente tinha que descobrir o por que dela ter se transformado naquilo, e rápido.
- Quantos sobreviventes tem la na padaria, - pergunta Eloísa.
-Só ela mesmo, - diz Luiz – a gente tem que ir pra la, por enquanto é o lugar mais seguro.
Pegamos nossas coisas e fomos até o portão da escola, algumas das criaturas estavam ao redor, mas as derrubamos sem problemas. A padaria ficava perto da escola, na rua havia pessoas que ainda estavam vivas, porém muito feridas e sem chances de sobreviver, usando nossas armas acabamos friamente com o sofrimento de cada uma delas.
Chegando a frente da padaria uma coisa chama a atenção de Guilherme.Ele vê um pessoa que parece ser sua namorada, num grito abafado e sufocado pelas lagrimas de felicidade, ele corre na direção dela.
-Ei, eu estou aqui, - ele grita – Sou eu.
A minha visão estava aguçada, o fato dela estar longe não me impediu de ver que havia algo de errado com ela.Tentando alcançá-lo a fim de impedir que algo de ruim acontecesse, eu corri o máximo que podia.
-Espera Guilherme, - eu grito correndo para alcança-lo – não se aproxime dela.
Tarde demais.


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