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sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Capitulo 5-Revelação

De sua boca escorria sangue, os olhos vermelhos me chamaram atenção.
- Guilherme, sai de perto dela!!!, - eu digo tentando impedir.Um tiro é ouvido, a felicidade de Guilherme é cortada pelo crânio de sua namorada se partindo, Thales deu um tiro perfeito.Ele cai de joelhos, não acreditando no que estava vendo, o amor de sua vida agora inerte em seus braços, ele chorava desesperado tentando entender o que havia acontecido.
-Por favor, fique comigo, você é a unica que me fez sobreviver até agora-dizia ele-eu não vou conseguir sem você.
Quando vê Thales jogar sua arma no chão, parecendo triste pelo que acabara de fazer, ele pega sua arma e corre na direção dele, cego de ódio.
- Desgraçado, por que você fez isso, - diz ele com ódio no olhar – eu vou te matar.
Ele aponta sua arma pra Thales, a fúria consumindo sua alma e o deixando cegamente tomado pela raiva.Nesse momento eu já tinha chegado até ele, sua raiva era tanta que ele não me notou, fui pelas suas costas e bati com a coronha da arma em sua nuca, ele cai desacordado.
- Peguem ele e levem pra padaria, - eu digo.
Entrando na padaria tudo estava bagunçado, quando o vírus estourou, muita gente freqüentava a padaria em horário de aula, que agora estava deserta e sombria.A padaria era antiga, um grande salão, repleto de iguarias, no caixa estava a balconista morta e havia sangue por todo o lugar, e num canto uma escada que subia em espiral, talvez o local seria para o preparo de pães.Mortos de fome, pegamos tudo o que podíamos e fomos comer.O dia estava amanhecendo e todos cansados pegaram no sono.
A cada hora que se passava eu sentia aquilo em minhas veias, a vontade de matar era intensa, eu pensava que era preciso se transformar pra sentir tudo isso, eu ainda tinha consciência, mas já não era mais o mesmo
Eu consegui olhar no fundo dos olhos da namorada de Guilherme, e vi coisas que um ser humano normal não conseguiria ver, ao mesmo tempo que acenei pra Thales atirar, A mordida já estava cicatrizada, como um ferimento daqueles foi curado em tão pouco tempo, estou me tornando um monstro.
Eu acordo com um barulho, do alto da escada, um par de olhos me observavam assustados, aquele rosto não me era estranho. Empunhando minha espingarda, eu começo a subir, la em cima estava tudo escuro, quando acendo a luz uma mão espeta uma caneta em meu pé.
- Ai sua maluca, o que você ta fazendo, - eu digo pulando de dor.
Enquanto ela tenta sem sucesso me acertar de novo, eu a imobilizo usando uma corda.
- Você é um deles, me solta seu desgraçado, - diz a menina – seus olhos, eles estão vermelhos, logo você vai morrer.
- Mariane, o que você faz aqui e porque me atacou, - eu digo – seu eu te soltar promete que não vai tentar fugir e vai me explicar como chegou aqui?
- Primeiro eu te ataquei pra me defender, - diz ela – quando vi seus olhos achei que você era um deles, mas como você ainda esta vivo?
- È o que eu estou tentando descobrir, eu me sinto diferente, estou sofrendo algum tipo de mutação.
Mariane era uma garota com cabelos longos e negros, sempre um pouco retraída, ela gostava de ler e era muito inteligente, a sombra negra que envolvia seus olhos a deixavam com um olhar misterioso.Sempre usando roupas negras e as vezes o uniforme da escola, ela era muito simpática e naquele momento parecia estar em choque, pelo que havia acontecido.
Ela finalmente se acalma e começa a me contar como havia sobrevivido.
- Eu estava lendo perto dos bebedouros quando uma dessas coisas pulou em cima da gente, eu cai no chão, e ela começou a morder as meninas, eu fui me arrastando pra parte de trás dos bebedouros, eu achei uma garrafa de soda caustica e misturei com o refrigerante que estava tomando, quando aquela coisa veio eu joguei em seu rosto, e sua cabeça explodiu, ele deve ter tido algum tipo de reação.
- Mas como você saiu da escola? , - eu pergunto.
- Todo mundo estava gritando, havia sangue por todo lugar, e muitas daquelas coisas atacando os alunos e professores, eu comecei a correr, e alguém trancou a porta da sala dos professores antes de eu entrar, eu fui na sala dos diretores, mas havia alguém la dentro com ela e a porta estava também estava trancada, foi então que eu sai pela secretaria, jogando o liquido em todos que apareciam e quando cheguei na padaria ela estava vazia e eu subi aqui.
- Sua descoberta salvou nossas vidas, - eu digo – a diretora ia nos matar, se não fosse essa mistura maluca ai.
Nós descemos para acordar todos, ficaram felizes com a nova integrante do grupo.Guilherme não sabia o que havia acontecido, eu expliquei o que tive que fazer para que ele não fizesse besteira, e que Thales só atirou em sua namorada pra evitar que ele fosse infectado por ela.Ele parecia convencido, mas não totalmente, ele não demonstrava nenhuma expressão e eu fiquei triste ao ver sua situação.As meninas encheram suas bolsas com suprimentos e estávamos prontos pra sair de la, era muito arriscado ficar em um só lugar por muito tempo.Saindo a rua, formamos um circulo em volta das meninas, que estavam desarmadas e fomos andando, rua acima.
- Eu preciso saber o que aconteceu com minha família, - diz Luiz.
- Se formos ver nossas família vamos todos juntos, é arriscado nos separarmos, - eu digo.
Seguimos em direção a minha casa, a angústia que eu estava sentindo por saber que minha família poderia não estar bem era muito forte.Descendo a rua uma horda de zumbis nos encontrou, A cada disparo mais deles apareciam, ficamos encurralados na frente de um supermercado.Com aquelas coisas se aproximando Luiz saca sua espada, Chuck suas facas , Guilherme um soco inglês, Lucas um taco de Basebol e Thales uma uma barra de ferro que arrancou da tubulação da padaria.Eu já estava forte o bastante pra mata-los com apenas um soco. E la fomos, sem chamar a atenção e derrubamos um a um.
Chegando a minha rua, de algumas casas saia fumaça, de um fogo já extinto. O portão da minha casa estava aberto, mas o carro estava na garagem.Dos fundos da casa uma criatura sai correndo e na sua mão estava a cabeça de meu irmão.Tomado pelo ódio eu fui ao seu encontro.
-Nããããããããão, Desgraçadoooo!.
Meu irmão, alguém pelo qual eu devo muito, estava morto, vê-lo naquela situação me deixou transtornado, eu só pensava em destruir aquela coisa, com uma lagrima escorrendo de meu rosto eu ja não tinha mais consciência, eu estava totalmente fora de controle.
Eu quebro sua mandíbula em um soco e arranco seu coração do peito, parecendo um animal eu engulo seu coração ali mesmo, na frente de todos, que espantados me pareciam cobrar uma explicação.Eu volto a realidade, e os vejo petrificados de medo.
- Eu não queria que vocês descobrissem dessa maneira, - eu digo ainda cuspindo sangue – eu estou com medo do que estou me tornando, afastem-se de mim.
Dizendo isso eu pulo para o telhado de minha casa quando ouço um grito.Alguma coisa levou Eloísa, alguma coisa que voava.Aquela coisa pousou no telhado da casa vizinha e soltou um grito, com Eloísa ainda entra suas garras.O terror tomou conta de todos ao ver quem aquilo era.

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